Todos nós sabemos o quanto a população brasileira vivia precariamente em meados do século XIX. Sabemos o quanto essa população sofria para, ao menos, conseguir viver decentemente, no meio de tantas injustiças e descasos que eram comuns naquela época. E é isso que o livro "O Cortiço", de Aluízio Azevedo, nos traz.
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A editora Ática lançou "Clássicos brasileiros em HQ". Entre esse clássicos encontramos "O Cortiço", uma obra naturalista que traz à tona a realidade das pessoas mais desfavorecidas da sociedade, e pela primeira vez dá a elas o papel principal da narrativa. É por esse motivo, que muitas vezes nós jovens nos constragemos com a leitura, pois damos de cara com fatos e imagens que nunca tinhamos visto antes, ou não por este lado.
Adorei o livro. O indico não só para jovens como também para adultos, pois mesmo sendo em HQ, a história é muito realista e apresenta os fatos como eles realmente são. No livro, percebemos isso claramete, pois enxergamos que os personagens costumam agir por instinto: com violência, traição e exploração social. Além disso, o livro é ótimo por ser de fácil, e divertida leitura.
Uma das características do naturalismo que percebemos durante a leitura, é o fato dos personagens agirem de acordo com o meio em que vivem, isto é, os personagens acabam se adaptando ao cortiço. Como exemplo disso temos Jerônimo, que ao chegar no cortiço e se apaixonar por uma das mulheres que alí habitam, acaba se adaptando aos costumes deste, é tanto, que decide ficar.
Assim, podemos dizer que o livro "O Cortiço" é uma panela de fatos reais que a nossa sociedade viveu, e então, um verdadeiro retrato do povo brasileiro.
O Cortiço
Aluízio Azevedo - Adaptado por Rodrigo Rosa e
Ivan Jaf, Editora Ática, 70 páginas.
